O projeto Rainhas do Cangaço surge da necessidade de resgatar as histórias das mulheres nordestinas, destacando suas lutas e resistências em meio à opressão e marginalização vivenciadas no contexto do cangaço. Inspirado principalmente na figura de Maria Bonita e em outras mulheres que enfrentaram esse movimento, o projeto busca sensibilizar e envolver as juventudes, promovendo um espaço de reflexão sobre questões de gênero, igualdade e justiça social.
Com eventos itinerantes e formatos variados, o projeto propõe uma imersão nesse universo cultural por meio de uma programação diversa. Além de palestras que discutem a história das mulheres no cangaço e sua relação com o movimento do Forró de Raiz, são realizadas oficinas de música e dança, exposições que retratam a trajetória dessas mulheres e mesas de discussões focadas no universo feminino. O projeto também inclui shows com protagonismo feminino, apresentações de DJs e tem parceria com o CRJ-BH e a Perifeira.
Essas atividades visam não apenas homenagear essas figuras históricas, mas também confrontar as práticas machistas e misóginas que ainda persistem em nossa sociedade, promovendo o protagonismo feminino em diversas áreas culturais e oferecendo espaços de qualificação para as mulheres do Forró.
O nome “Rainhas do Cangaço” foi simbolicamente escolhido, pois busca retratar as injustiças sociais, os maus-tratos e a perseguição sofrida pelas mulheres no contexto do cangaço, um movimento social violento que emergiu no Nordeste brasileiro entre o final do século XIX e início do século XX. As mulheres do cangaço, como Maria Bonita, foram figuras complexas que, além de serem companheiras dos cangaceiros, enfrentaram condições brutais de sobrevivência e resistiram em uma sociedade dominada por profundas desigualdades sociais e de gênero.
O cangaço foi uma resposta às condições socioeconômicas extremas do Nordeste, onde vastas áreas rurais eram controladas por coronéis, a elite agrária da época, e onde os sertanejos viviam em condições de extrema pobreza, sem acesso à terra ou aos recursos necessários para uma vida digna. Dentro desse cenário, o cangaço tornou-se um movimento de resistência e banditismo, com figuras icônicas como Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, e sua companheira, Maria Bonita – Maria Gomes de Oliveira (1910 – 1938).
Maria Bonita, a primeira mulher a integrar de forma permanente o bando de Lampião, personifica a resistência feminina no cangaço. Sua trajetória, ao lado de Lampião, desafiou os papéis de gênero da época, e, embora tenha sido romantizada em muitas histórias, ela também foi vítima de violência e perseguição. A escolha de “Rainhas do Cangaço” para o nome do evento é uma forma de resgatar essas histórias femininas, dando visibilidade às mulheres que, como Maria Bonita, enfrentaram a violência do sistema social e político da época, ao mesmo tempo em que lutavam por um espaço de protagonismo e voz em um ambiente dominado pelos homens.
O evento “Rainhas do Cangaço” visa, portanto, não apenas homenagear essas mulheres, mas também lançar luz sobre as questões de gênero, a violência e a desigualdade social que persistem até hoje, inspirando a reflexão e o diálogo sobre a luta por justiça e igualdade em nossa sociedade contemporânea.
No projeto “Rainhas do Cangaço”, em seu manifesto, promeve ações focadas em valorizar e promover o protagonismo feminino no cenário cultural e econômico, especialmente no contexto das trabalhadoras da cultura nordestina. Essas ações incluem:
1 – Espaços de trabalho e visibilidade para mulheres: O projeto oferece oportunidades para que mulheres de diversas áreas, como música, artes visuais, dança, literatura e produção cultural, possam expor os seus trabalhos, criando uma plataforma de trocas e fortalecimento de suas identidades culturais.
2 – Oficinas e capacitações: São realizadas oficinas de capacitação artística e técnica voltadas para mulheres, com o objetivo de aprimorar habilidades em áreas como produção cultural, gestão de projetos e empreendedorismo, ampliando suas oportunidades e redes de relacionamentos.
3 – Apoio à produção feminina: O evento cede espaços exclusivos para que as mulheres possam realizar performances, apresentações musicais, exposições e debates, aumentando a representatividade feminina em um ambiente historicamente dominado por figuras masculinas.
4 – Rodas de conversa e debates: O projeto organiza rodas de conversa e debates que tratam de questões de gênero, desigualdade social e a importância da mulher no movimento cultural do Forró e no contexto do Cangaço, criando espaços para discussões sobre justiça social e direitos das mulheres.
5 – Resgate e valorização da história: Ao homenagear figuras históricas como Maria Bonita, o projeto resgata narrativas femininas esquecidas ou marginalizadas, oferecendo uma visão mais justa e completa da participação das mulheres na história do Cangaço e sua luta contra as injustiças sociais.
Essas ações não apenas fortalecem a presença e a importância das mulheres no cenário cultural, mas também criam oportunidades reais de crescimento profissional, pessoal e financeiro, contribuindo para a visibilidade e a autonomia das mulheres participantes.
Realização:
- Fórum Forró de Raiz de Minas Gerais
- CRJ
- Perifeira
Coordenação Geral / Concepção:
- Guilherme Veras
Produção Executiva e Artistica:
- Alice Guimarães
- Guilherme Veras
- José Flávio
- Rafaela Corrêa
- Equipe CRJ
Shows:
- Banda Forró de Brinquedo
- Forró Pé no Mundo
- Black Trio
Discotecagem:
- DJ Fred Boi
- DJ Naty
Oficinas:
- Guilherme Veras
- Bel Loyola
- Isadora Maria
- Lorrana Oliveira
Apresentações:
- Flashmob Retrato de Um Forró
- Quadrilha CRJ - Dudu Sorriso
- Quadrilha Trem D' Minas - Arraial de Belô
- Ardyson Carvalho
Exposições / Cenografia:
- Ágatha de Araújo Andrade
- Alice Guimarães
- Grife Xótis - Sérgio Luiz (Anjo)
- Rafaela Corrêa
- Stefano Robustelli Lolli
Registro:
- Alice Guimarães
- Letícia Batista
Parceiros:
- Comunidade Forrozeira e entusiastas
Realização:
- Fórum Forró de Raiz de Minas Gerais
- CRJ
- Perifeira
Coordenação Geral / Concepção:
- Guilherme Veras
Produção Executiva e Artistica:
- Alice Guimarães
- Guilherme Veras
- Equipe CRJ
Shows:
- Chinela da Gabriela
com Gabrielle Salomão e Houssam Zahreddine
Discotecagem:
- DJ Dioh
Oficinas:
- Guilherme Veras
- Leonie Waldburger
Exposições / Cenografia:
- Alice Guimarães
Registro:
- Alice Guimarães
Parceiros:
- Comunidade Forrozeira e entusiastas
Realização:
- Fórum Forró de Raiz de Minas Gerais
- CRJ
- Perifeira
Coordenação Geral / Concepção:
- Guilherme Veras
Produção Executiva e Artistica:
- Alice Guimarães
- Guilherme Veras
- Equipe CRJ
Shows:
- Banda Forró de Cabo a Rabo
Discotecagem:
- DJ Dioh
- DJ Naty
Oficinas:
- Guilherme Veras
- Viviane Pernambuco
- Wed Paranhos
- Deia Lemos
Apresentações:
- Mesa Redonda - Ações do Fórum Estadual Forró de Raiz + IPHAN convidados:
- Guilherme Veras - Coord. FFRMG
- Rômulo Drummond - Coord. Tec. Superintendência MG
- Vanilza Jacundino Rodrigues - Técnica IPHAN-MG
Exposições / Cenografia:
- Alice Guimarães
Registro:
- Alice Guimarães
Parceiros:
- Comunidade Forrozeira e entusiastas
- IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
O FFRMG é uma entidade e movimento social que forma um coletivo deliberativo composto por mestres do saber tradicional, músicos, poetas, compositores, professores de dança, artesãos, gestores culturais, produtores, DJs, pesquisadores e outros envolvidos na promoção e preservação das Matrizes Tradicionais do Forró, reconhecidas pelo IPHAN como Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro.
O fórum é coordenado por Guilherme Veras, que junto aos seus parceiros lideram ações em prol da valorização e continuidade dessas tradições culturais no estado de Minas Gerais.
O FFRMG teve sua primeira edição em novembro de 2019, seguido do Fórum Internacional de Forró, ambos aconteceram na cidade de Belo Horizonte/MG, também em parceria com o CRJ e a comunidade forrozeira local.
Instagram: @forumdeforro
Facebook: www.fb.com/forumdeforro
CRJ é um órgão público da Prefeitura de Belo Horizonte, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC). O espaço é voltado para o atendimento de jovens entre 15 e 29 anos e tem como objetivo oferecer, por meio de um processo de construção coletiva, oportunidades qualificadas para as juventudes.
Aberto em maio de 2016, o CRJ é fruto da luta de diversos movimentos de juventude da cidade, que se organizaram para garantir a livre expressão dos movimentos e das juventudes em geral. O espaço é equipado para receber atividades de dança, debates, apresentações, exposições, aulas e música.
Toda essa estrutura pode ser utilizada gratuitamente por jovens ou por projetos voltados para as juventudes.
Instagram: @crjbh
Facebook: www.fb.com/crjbh
A "Perifeira" é uma iniciativa do CRJ em parceria com jovens empreendedores da cidade. O projeto é uma ação de construção coletiva, com caráter participativo, solidário, colaborativo e público, que foi realizado mensalmente como "piloto" durante o ano de 2019. A feira oferece uma oportunidade para geração de renda, construção de autonomia financeira, desenvolvimento profissional e sociabilidade para os jovens de Belo Horizonte e região.
Os produtos e serviços oferecidos pelos empreendedores prezam pela autenticidade e qualidade, e quem consome contribui para a sustentabilidade dos negócios e para a consolidação de uma cultura de fomento à economia solidária local.
Para viabilizar essa construção, foi criada uma comissão formada por jovens produtores voluntários que representam o coletivo. Todas as ações de organização da feira são conduzidas por essa comissão.
Instagram: @perifeira_oficial
Facebook: www.fb.com/perifeira
Para fechar a temporada de quadrilhas da cidade com chave de ouro: o CRJ, artistas, amigXs e parceirXs, prepararam uma festança diferente, que vem cheia de carinho!
Com uma temática “Arretada” que pretende homenagear as mulheres brasileiras na figura das “Rainhas do Cangaço”.
As cangaceiras são uma simbólica representação das mulheres do nordeste, que enfrentaram muitas lutas, e foram
desconsideradas pelas narrativas oficiais da história.
Para retomar a história dessas mulheres e da cultura nordestina, a festa contará com muito forró e ambientação temática.
Tudo isso sem se desconectar das tradições da quadrilha mineira.
Para tal, teremos diversas atrações… confere aí e simbora dançar…
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
DIA 10 DE JULHO
16H – Oficina: Forró – Introdução à linguagem e sua cultura – Profa. Bel Loyola
17H – Oficina: Movimento + Som = Forró – Percussão corporal e técnicas de dança – Profa. Isadora Maria e Prof. Guilherme Veras
18H – Pista com DJ Naty Nonato
19H – Oficina: Forró Raiz – O Pé de Serra (Estilo Roots/Itaúnas) – Prof. Guilherme Veras
20H – Pista com DJ Frederico Brandão Zanforlin
21H – Show com @Banda Forró de Brinquedo
DIA 11 DE JULHO
18H – Oficina: Projeto Retrato de Um Forró – Coreografia – Prof. Guilherme Veras e Equipe
19H – Pista com DJ Naty Nonato
20H – Quadrilha Trem D’ Minas – Arraial de Belô
20:30H – Show com @Forró Pé no Mundo
21:30H – Quadrilha Especial do CRJ
22H – Show com Black Trio
♥ Entrada Franca ♥
+ INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES PARA OFICINAS
Instagram: @crjbh
atendimento.crj@pbh.gov.br
Ou direto no link:
http://bit.ly/oficinascrj
ATRAÇÕES FIXAS DURANTE TODO O EVENTO
• Perifeira Perifeira com diversos produtos incriveis ♥
• Grife Xótis Grife Xótis ♥
• Prefácio, Composições e Cenografia por Alice Andrade Guimarães ♥
• Comidinhas delícia ♥
♥ Beijo e Xerô no corazon de todes & até bem breve!
III Rainhas do Cangaço no CRJ
Feira, Música, Dança, Fórum e Oficinas para toda a comunidade!
Dia 17 de Junho (sábado)
Dentro da programação da Perifeira
11h às 17h (podendo estender até as 19h)
RELEASE
Mulheres no Cangaço – Resistência e Subversão!
O Festival Rainhas do Cangaço, em sua 3ª Edição, chega novamente abrindo espaço para a visibilização das mulheres nordestinas, com suas histórias não contadas e as suas lutas. O objetivo é sensibilizar e apresentar um pouco desse universo para as juventudes.
Durante o período que durou o cangaço, muitas mulheres sofreram e resistiram a um ambiente completamente hostil. Ser mulher e ainda cangaceira era estar completamente à margem da sociedade, sendo um símbolo de banditismo. Entretanto, muitas mulheres, como Maria Bonita, aderiram ao movimento por sofrerem abusos em suas casas, o que não quer dizer que elas também não sofriam opressões dentro do bando, que reproduzia as mesmas dinâmicas de sociedade.
Hoje, porém, isso é um símbolo de resistência e subversão, contrapondo as culturas machistas e a misoginia, infelizmente, ainda presentes e praticadas em nossa atual sociedade.
Para apresentar esse universo, o Festival propõe, além das palestras e oficinas de danças direcionadas à história e ao gênero do Forró de Raiz, shows com bandas femininas, Dj´s, Perifeira e exposições sobre a história e trajetória desse movimento.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
11h às 17h – Perifeira entrada livre
12:00h – DJ Dioh – Pista livre para bailar
14:00h – DJ Naty – Pista livre para bailar
15:00h – Mesa Redonda – Ações do Fórum Estadual Forró de Raiz + IPHAN
15:30h – Forró para Dançar – Projeto Raízes no Forró com Wed Paranhos e Deia Lemos
16:15h – Forró Roots com Guilherme Veras e Viviane Pernambuco
17:00h – Show Especial – Trio de Forró
18:00h – DJ Yuga
+ Surpresas
Redes Sociais e Site – Projeto Rainhas do Cangaço
https://www.instagram.com/rainhasdocangaco
https://www.facebook.com/rainhasdocangaco
www.forro.org/rainhasdocangaco
Fotos primeira edição
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.3303244449997701&type=3&_rdc=1&_rdr